Áreas estruturantes na governança de dados são destaque na 1ª reunião do Fórum Nacional de Gestão do Ministério Público


FNG2Governança de dados é um conjunto de estratégias corporativas, de políticas, de procedimentos e de matriz de responsabilidades, que asseguram o uso eficaz de informações dentro de uma organização. A governança de dados, com foco no papel das áreas estruturantes, foi o tema da 1ª Reunião Ordinária de 2024 do Fórum Nacional de Gestão (FNG), realizada nos dias 10 e 11 de junho, de forma virtual.

Promovida pela Comissão de Planejamento Estratégico (CPE) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a reunião recebeu 336 inscrições e reuniu, já na abertura, 253 representantes dos Comitês Temáticos do Ministério Público e da Administração Superior (RAS). Os comitês contemplam as áreas de políticas de comunicação social, de gestões administrativa, estratégica, orçamentária, pessoas e de tecnologia da informação.

O encontro teve a abertura conduzida pelo presidente da CPE, conselheiro Moacyr Rey Filho, e pelo coordenador-geral do FNG e membro colaborador da Comissão, Paulo Ishikawa (foto à esquerda). Um dos destaques da programação do primeiro dia foi o diálogo “Governança de dados: o papel das áreas estruturantes”, com a participação do presidente do Capítulo Brasil DAMA, Manoel Francisco Lopes, e do consultor Wellington Antônio Mônaco.

“Temos uma consciência muito grande da importância do Fórum Nacional de Gestão por seus Comitês, pelos Representantes da Administração Superior (RAS), justamente, porque nós entendemos que toda atividade-fim, tudo que aparece mais externamente nos Ministérios Públicos, depende da atuação estruturante da atividade-meio. Sem a atividade-meio, a atividade-fim não consegue estender todo seu potencial”, afirmou o presidente da CPE.

O conselheiro destacou que a participação dos representantes dos comitês nas reuniões e a participação do RAS não só diretamente, mas também validando e dando apoio em tudo que é feito pelos comitês, é muito importante para a construção de um Ministério Público cada vez melhor.

De acordo com Moacyr Rey, a CPE sempre teve como premissa ser apoio e suporte para os Ministérios Públicos, tanto na atividade-meio quanto na atividade-fim, construindo projetos estruturantes para essas duas áreas, e o FNG exerce um papel importante de contribuição da gestão nacional do MP. “O FNG é esse espaço de construção de soluções e de políticas”, disse.

Projetos estratégicos

O conselheiro fez um balanço dos projetos estratégicos desenvolvidos pela Comissão, a exemplo do MP Digital, cuja ideia é, guardadas as proporções, funcionar como um http://GOV.br , mas com produtos e serviços voltados aos Ministério Públicos por meio de suas administrações, membros e servidores.

“Todos esses produtos e serviços da plataforma MP digital, tanto da área meio quando da área fim, estão voltados aos MPs. Para que isso funcione bem, vamos precisar ter esse acompanhamento, essa resposta de todos os Comitês e dos RAS no envio de dados ao CNMP”, ressaltou o conselheiro.

Moacyr Rey concluiu dizendo que governança de dados não é apenas um assunto de TI, mas que passa por todas as outras áreas – estratégica, comunicação, alta administração, administração superior, entre outras. “A gente brinca que o dado é o novo petróleo, então a gente precisa refinar esses dados e tomar decisões baseadas neles. Inovação se faz com pessoas. As ferramentas são os instrumentos. A importância de fóruns como o FNG não só continua, como se amplia, assim como os comitês em suas temáticas específicas”, concluiu.

O coordenador do FNG, Paulo Ishikawa, concordou com o conselheiro. “Vamos quebrar aquele paradigma de que dados é coisa de TI. Precisamos contextualizar isso e começar a ter uma discussão e uma leitura com uma maturidade institucional mais acentuada”, afirmou, lembrando que as áreas são chamadas de estruturantes ou de negociais por seu papel estratégico.

Ishikawa apresentou o tema Governança de Dados dentro do objetivo estratégico 2.1 do Plano Estratégico Nacional do CNMP: “Disseminar práticas de governança e gestão em todos os níveis, orientadas para resultados”.

De acordo com ele, o tema se insere no programa “Fortalecimento da cultura de análise de dados e tomada de decisão” e na ação estratégica principal, que é a de “Participar da criação de um projeto nacional de estruturação de Ciência de Dados nos MPS para aprimorar a coleta, o tratamento e a geração de informações, destacando a importância da análise de dados para a tomada de decisão.”

“A gente só consegue fazer essa análise de dados com uma boa governança de dados e a governança de dados é um dos pontos do MP Digital”, afirmou.

FNG1Diretrizes e prioridades

No dia 11 de junho, o FNG promoveu atividades dos comitês temáticos e dos Representantes da Administração Superior para definir as diretrizes e prioridades para o próximo período. Os eventos ocorreram ao longo de todo o dia, destacando a 2ª reunião dos RAS e as reuniões dos comitês temáticos do FNG.

A pauta principal da reunião do RAS foi a discussão e apresentação das propostas de prioridades para o ano. Além disso, houve uma apresentação do Comitê de Políticas de Comunicação Social (CPCom) sobre a programação prevista para o Congresso de Comunicação, que ocorrerá no Ministério Público de Minas Gerais.

No segundo dia do encontro, os comitês temáticos também se reuniram. Entre os tópicos abordados, destacou-se a eleição de coordenadores e subcoordenadores para cada comitê, além da definição de Objetivos e Resultados-Chave (OKRs) para o próximo trimestre, de julho a setembro de 2024.

O FNG

O Fórum Nacional de Gestão é estruturado em seis comitês temáticos: Comitê de Políticas de Tecnologia da Informação do Ministério Público (CPTI); Comitê de Políticas de Comunicação Social (CPCom); Comitê de Políticas de Gestão Administrativa (CPGA); Comitê de Políticas de Gestão Orçamentária (CPGO); Comitê de Políticas de Gestão de Pessoas (CPGP); e Comitê de Política de Gestão Estratégica (CPGE).

Junto ao Fórum, atuam os Representantes da Administração Superior (RAS), grupo composto por membros da alta administração, que atuam para ampliar, aprimorar e dar efetividade às deliberações do Fórum.

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Assista à abertura da reunião.